Resumo
Considerando a evolução do ser humano, a sua capacidade adaptativa e o avanço tecnológico, mudanças ocorreram ao longo do tempo nos seus hábitos alimentares (LEDOGAR et al., 2016). A partir disso, questiona-se a capacidade de adaptação da função mastigatória após a perda parcial da dentição posterior (SARITA et al., 2003) (KANNO; CARLSSON, 2006). A descoberta e o domínio do fogo fazem parte dessa evolução, pois o cozimento de alimentos mais fibrosos, além de tornar as refeições mais macias, fornece mais energia do que os alimentos crus (CARMODY et al., 2016). Estudos mostram que pacientes com até quatro unidades oclusais posteriores remanescentes – pares de oclusão de dentes posteriores, nos quais pré-molares representam uma unidade, enquanto molares representam duas unidades – de preferência simétricas, têm o suficiente para um bom desempenho mastigatório (KÄYSER, 1981).
Mesmo sendo a principal função dos dentes, a função mastigatória não é a única que deve ser levada em conta. A estética do sorriso, na sociedade moderna, tem impacto relevante na qualidade de vida de muitos indivíduos (BITENCOURT; CORRÊA; TOASSI, 2019). Também participam os elementos dentários da deglutição, respiração, fonação e estabelecem a dimensão vertical da face (TAMBELI, 2014). Daí a importância de os dentes estarem em harmonia com os demais componentes da cavidade bucal, de forma a garantir saúde e equilíbrio funcional.