Resumo
A busca por sorrisos brancos e alinhados tem crescido a cada dia nos consultórios odontológicos. O desenvolvimento dos materiais odontológicos tem permitido cada vez mais a execução de tratamentos estéticos com longevidade. Materiais como as resinas compostas nanoparticuladas e as cerâmicas vítreas têm a capacidade de mimetizar tecidos dentais ao mesmo tempo em que oferecem resistência mecânica, desde que utilizados em suas corretas indicações (COELHO et al., 2013).
Cada material tem suas vantagens e desvantagens. As cerâmicas possuem melhor estabilidade de cor, maior resistência flexural e manutenção do brilho. Porém, são mais onerosas, necessitam da fase laboratorial e de algum desgaste na estrutura do esmalte (DIETSCHI et al., 2019). Já as resinas compostas possuem a vantagem do custo menor, não precisar da fase laboratorial e necessitar de menor desgaste no dente ou, às vezes, totalmente sem desgaste (DEMARCO et al., 2015). Em contrapartida, mesmo com a melhora das propriedades físicas e mecânicas das resinas nanohíbridas e nanoparticuladas, é intrínseco do material, devido ao componente orgânico, as desvantagens de possuir contração de polimerização, sorção de água e baixa estabilidade de cor (MITRA et al., 2003).
Um fator limitante para muitos pacientes é o custo elevado desses procedimentos estéticos, principalmente com relação aos procedimentos realizados em porcelana. Assim, a combinação de dois procedimentos/materiais em um mesmo paciente, tais como facetas diretas em resina composta e indiretas em porcelana, é bastante desafiador, mas pode em algumas situações ser necessário, seja por questões financeiras do paciente ou por questões de planejamento.