Resumo
Segundo a Academia Americana de Dor Orofacial, a DTM é definida como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. Dentre os sinais e sintomas mais frequentemente relatados pelos pacientes, pode-se citar a sensibilidade muscular e da ATM à palpação, limitação e/ou incoordenação de movimentos mandibulares e ruídos articulares, além de dores na face, ATM e/ou músculos mastigatórios, dores na cabeça e na orelha (LEEUW, 2010).
Segundo a National Institute of Dental and Craniofacial Research (2021), a DTM varia amplamente entre as pessoas e podem ser caracterizadas por dor miofascial – envolvendo os músculos da cabeça e pescoço; desarranjos internos da articulação – associado a estruturas intra-articulares (deslocamento de disco, luxação mandibular, trauma e lesão em côndilo); ou ainda, doenças degenerativas ou inflamatórias que acometem a ATM.
A dor miofascial pode ser resultado de níveis aumentados da atividade muscular e presença de Pontos-Gatilhos (PG). Os PG são áreas hiperirritáveis localizadas em uma banda tensa de músculos, tendões ou fáscias, que quando palpados produzem dor local e dor referida (ANTONIA et al., 2013; GREENE-LASKIN, 2015).
Os pontos-gatilho miofasciais são definidos como pontos hipersensíveis dentro de bandas tensas do músculo que geram dor à distância da sua origem. São classificados como ativos quando causam dor espontânea e latente, e apenas provocam dor quando estimulados (BLASCO-BONORA et al., 2017).
A terapia cognitiva comportamental está relacionada ao gerenciamento de pensamentos, comportamentos e/ou sentimentos dos pacientes que pode ter como efeito a exacerbação dos sintomas de dor. Portanto, é de suma importância que seja associada no controle da dor (GIL-MARTINEZ et al., 2018).
A terapia manual intramuscular é um procedimento minimamente invasivo e que associado à termoterapia e à terapia cognitiva comportamental é considerado uma excelente opção para o controle da dor miofascial.