Resumo
A patologia periapical é uma resposta biológica frente a diversos agentes, químicos e físicos, ressaltando-se os microbiológicos, isto é, a presença de infecção no canal radicular e por vezes no periápice. De fato, a inflamação periapical ocorre quando os agentes agressores da polpa, como os microrganismos, invadem e colonizam os tecidos periapicais, podendo, tal fato, ocorrer antes da totalidade da necrose pulpar (ESTRELA; FIGUEIREDO, 2001).
O tratamento endodôntico tem como principal finalidade promover a limpeza e desinfecção dos canais radiculares, realizado para remover todo o tecido pulpar ou restos necróticos e os microrganismos presentes no complexo pulpar, seguido da obturação, para ocupar todo o espaço vazio, impedindo nova invasão, proliferação e colonização bacteriana, além de impossibilitar que bactérias remanescentes possam atingir os tecidos periapicais (BYSTRÖM; SUNDQVIST, 1981).
A terapia fotodinâmica (PDT), segundo a literatura, é um método inovador. O seu uso pode reduzir a contaminação dos sistemas de canais radiculares, facilitando a limpeza e reduzindo a sensibilidade pós-operatória (Pinheiro et al., 2016), fornecendo uma aplicação de luz que promove a reparação tecidual, diminuição de inflamação e indução de analgesia (CHUNG et al., 2012).
Tem sido um tratamento que envolve a associação entre uma fonte de luz visível (laser) e um agente (fotossensibilizador) onde geralmente são realizadas com azul de metileno, azul de toluidina, verde de indocianina (COELHO et al., 2019), e na presença de oxigênio, resultando na formação de agentes citotóxicos que levam à morte celular (KONOPKA et al., 2007).
O presente caso clínico relatou um incisivo central superior esquerdo (21) apresentando lesão periapical, no qual foi realizado o tratamento endodôntico com instrumentação reciprocante, e antes de realizar a obturação o protocolo PDT foi utilizado nos sistemas de canais radiculares.