Resumo
A Ortodontia tem por objetivo a correção das discrepâncias dentárias e/ou esqueléticas, visando a obtenção de uma oclusão ideal, estética facial, adequada função dos componentes do sistema estomatognático e saúde periodontal. Para a correção de discrepâncias dentoesqueléticas acentuadas após o término do crescimento e desenvolvimento ósseo, os aparatos e procedimentos ortodônticos tornam-se insuficientes, devendo-se considerar a viabilidade da realização de um tratamento ortodôntico combinado à cirurgia ortognática (ARAÚJO; ARAÚJO; ARAÚJO, 2000). As deformidades dentoesqueléticas e faciais (DDEF) requerem para seu tratamento, na maioria das vezes, abordagens ortodônticas e cirúrgicas combinadas, objetivando a correção de aspectos funcionais, mastigatórios, respiratórios, articulares e fonatórios, visando a harmonização da estética dentária e facial e a sensação de bem-estar psicossocial do paciente (ARNETT; MCLAUGHLIN, 2004). Dessa forma, nos casos de más oclusões graves, com deformidade dentofacial acentuada, para a obtenção da melhoria dos problemas funcionais e mudança facial significativa, o tratamento ortodôntico-cirúrgico é o mais indicado (MIGUEL; PALOMARES; FEU, 2014).
A cirurgia ortognática é um procedimento resultante da interação entre a Ortodontia e a Cirurgia Bucomaxilofacial, apresentando um componente funcional (que visa a correção da oclusão dentária) e um componente estético (para melhorar a harmonia e equilÃbrio do padrão facial) e que, para obter sucesso, melhorando a função e estética facial, requer um diagnóstico preciso e planejamento criterioso (FONSECA, 2000).
Assim, o presente trabalho tem por objetivo relatar um caso clÃnico de classe II com assimetria facial, expondo o tratamento ortodôntico-cirúrgico realizado e o resultado obtido.