Resumo
Atrofia do osso alveolar após a realização de procedimentos cirúrgicos de exodontias pode ser um fator limitante nas reabilitações com implantes dentários, podendo atingir uma perda óssea média de 50% da espessura óssea alveolar original (SCHROPP et al., 2003). A falta de espessura tanto quanto a falta de altura óssea pode impedir a utilização de implantes osseointegrados pela técnica
cirúrgica convencional na reabilitação de áreas edêntulas (ROSA et al., 2015).
Estudos experimentais em cães revelaram alterações estruturais e dimensionais nas paredes ósseas alveolares após exodontias. Estas alterações estão correlacionadas com a interrupção do fornecimento de sangue a partir do ligamento periodontal, associada à significativa atividade osteoclástica (ARAÚJO; LINDHE, 2009).
A dimensão óssea horizontal necessária ao redor do implante dentário é de, pelo menos, 1 mm em ambas paredes ósseas: vestibular e palatina. Em casos envolvendo crista alveolar severamente estreita, o uso de técnicas de aumento ósseo, incluindo o procedimento de expansão cirúrgica do rebordo alveolar (ECRA), pode melhorar a quantidade óssea diminuída (SHIBUYA et al., 2014).
Procedimentos extensos de enxertia em cristas atróficas geralmente são invasivos e demorados e ainda aumentam o custo e a morbidade do paciente. Portanto, as técnicas cirúrgicas de divisão de crista óssea alveolar têm sido sugeridas para ampliar os rebordos ósseos maxilo-mandibulares (BASSETTI et al., 2013).
Dentre algumas vantagens da ECRA, uma delas é que o local ósseo selecionado pode ser alargado, possibilitando a inserção imediata de implantes, o que reduz a morbidade, bem como os custos e o tempo de tratamento. Uma outra vantagem é que essa técnica cirúrgica apresenta altas taxas de sobrevivência e, portanto, parece ser uma alternativa previsível para instalação de implantes em cristas ósseas alveolares estreitas (BASSETTI et al., 2016).