Resumo
As coroas e facetas de cerâmicas foram criadas como uma alternativa para restaurar esteticamente os dentes anteriores com o mínimo de preparo (MARCONATO et al., 2012).
Essas modalidades de restaurações indiretas vêm sendo crescentemente executadas e solicitadas pelos pacientes, pois é um procedimento confiável, estável, estético e apresenta uma boa longevidade. A preparação de facetas de porcelana é caracterizada pela remoção mínima da estrutura dentária. O preparo das facetas de porcelana deve ser confinado preferencialmente ao esmalte. Por isso, dentes fortemente restaurados com esmalte inadequado não são bons candidatos, pois o esmalte é a principal fonte de retenção para facetas de porcelana. Em alguns casos, quando é necessário alongar os dentes ou fechar espaços interproximais, o preparo deve se estender para a incisal e proximais (HIGASHI et al., 2012).
Em dentes com grande comprometimento da estrutura dental, as coroas totais sem metal têm sido cada vez mais utilizadas com segurança e sucesso, a ponto de poder substituir a infraestrutura metálica nas próteses fixas, conferindo propriedades ópticas que simulam a estrutura dental (GOYATÁ et al., 2013).
Entre os materiais disponíveis no mercado, a cerâmica à base de dissilicato de lítio apresenta boas propriedades estéticas e mecânicas. As propriedades estéticas são decorrentes da variada disponibilidade de cor e variação de translucidez oferecida pelo sistema cerâmico (PERRONI et al., 2015). Já as adequadas propriedades mecânicas resultam do modo de obtenção das restaurações por meio da técnica da injeção por cera perdida. Essas características fazem com que as cerâmicas à base de dissilicato de lítio possam ser indicadas para a confecção de diversos tipos de restaurações protéticas, desde facetas laminadas com espessura reduzida até próteses parciais fixas extensas (SAILER et al., 2015).