Resumo
O uso de implantes dentários como alternativa para se conseguir reabilitações protéticas na prática clínica revolucionou a odontologia, expandindo as possibilidades de recuperação da função mastigatória, fonética, estética facial e psicológica do paciente (SCHNITMAN et al., 1990).
Os estudos iniciais sobre osseointegração, propõem um protocolo cirúrgico de dois estágios para se fazer a reabilitação protética, ou seja, após a cirurgia de instalação dos implantes, devemos esperar de três a seis meses para realizar a prótese, período esse no qual ocorrerá a osseointegração (TARNOW et al., 1997). Durante este período de espera, na maioria dos casos, os pacientes usam próteses totais ou removíveis para repor elementos dentários, que além de comprometer o sucesso da terapia, causam uma grande insatisfação e desconforto ocasionado pelas mudanças teciduais no pós-operatório, dificultando o ajuste das próteses e necessitando de várias consultas ao dentista (COLLAERT; BRUYN, 1998). Visando eliminar este desconforto, diminuir o tempo de tratamento e buscar um aperfeiçoamento das técnicas de implantodontia e prótese, propiciou-se o desenvolvimento de estudos que visam otimizar o processo de osseointegração (BALSHI; WOLFINGER, 1997).
Ao contrário do protocolo tradicional de dois estágios, a carga imediata funcional em implantes pode promover a osseointegração, de forma que os implantes podem ser colocados em função após o ato cirúrgico (RANDOW et al., 1999). De acordo com estes estudos, este relato de caso clínico tem por finalidade ilustrar um protocolo clínico de instalação de implantes usando-se a técnica da carga imediata.