Resumo
A ausência ou alteração da estrutura dentária, principalmente em áreas estéticas, compromete a aparência, a autoestima e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente. Atualmente, com os avanços tecnológicos e científicos na Odontologia, existe a possibilidade de diversas opções de tratamentos reabilitadores e restauradores, com resultados cada vez mais seguros e bem-sucedidos (ALMEIDA et al., 2013).
A agenesia é caracterizada por um número de dentes menor que o normal, sendo muito comum de ser achado em alguns pacientes, como a agenesia do incisivo lateral superior (SALGADO et al., 2012). Devido à natureza dessas anomalias, as agenesias são diagnosticadas definitivamente por meio de exames radiográficos (THYS et al., 2006).
Os dentes mais comumente ausentes na dentição permanente, excluindo os terceiros molares, são os segundos pré-molares inferiores e os incisivos laterais superiores. Porém, a agenesia exclusiva de ambos os caninos maxilares é uma ocorrência mais rara. Estudos prévios mostraram que a prevalência de agenesia canina maxilar varia entre 0,07 e 0,13% (KAMBALIMATH et al., 2015).
Quando se tem agenesia e o implante dental demorou a ser instalado no local, o tecido pode apresentar defeito ósseo no local, causado pela remodelação óssea das paredes alveolares, devido a isso, a técnica da Regeneração Óssea Guiada (ROG) foi introduzida como uma modalidade terapêutica que busca a neoformação do tecido ósseo reabsorvido por meio da utilização de membranas, em conjunto com os enxertos ósseos, que estão inúmeras vezes associados às técnicas de ROG, especialmente quando se almeja um bom aumento de volume ósseo ou em casos de risco de colabamento das membranas (AYUB et al., 2011).
A correta técnica de instalação do implante unitário com a ROG e com uma guia cirúrgica apropriada é crítica para o sucesso do implante, com vantagens de melhor posicionamento dos implantes, permitindo ao profissional não ser influenciado por seus sentidos visuais ou táteis, minimizando desvios de angulação.
A técnica é de boa escolha em reabilitações, principalmente em áreas estéticas (KOYANAGI, 2002).
O planejamento adequado da cirurgia, associado aos conhecimentos de uma Odontologia integrada, possibilita resultados satisfatórios e de sucesso, resgatando a função e a estética, tanto dentária quanto gengival, proporcionando um sorriso harmonioso e o bem-estar social do paciente (ALMEIDA et al., 2013).