Resumo
De acordo com a definição formal, paciente especial é todo o indivíduo que não pode receber tratamento dentário usual em decorrência de alguma doença ou deficiência física, mental, sensorial, de algum distúrbio emocional ou da combinação destes. (JACOB, et al. 2004).
A presença de um paciente com necessidades especiais no consultório dentário, para devido tratamento, pode causar desconforto e/ou insegurança, se o profissional não estiver habituado e preparado para atendê-lo.
A ineficiência da assistência odontológica aos pacientes com necessidades especiais pode ser atribuída a diversos fatores, tais como: a falta de conhecimento e de preparo dos profissionais para o atendimento a estes pacientes, as informações inadequadas quanto às condições de saúde bucal e as necessidades odontológicas, e o descrédito da importância da saúde bucal pelos cuidadores e ou responsáveis. (CASTRO et al. 2010).
Do ponto de vista puramente intelectual, a deficiência mental é tradicionalmente classificada em níveis, de acordo com as manifestações que são medidas pelos testes de inteligência (WOLF, 2002).
O uso do termo paciente especial acaba sendo uma forma de generalização que não traduz a realidade dos pacientes atendidos pelos cirurgiões-dentistas. (MARCHIONI, 1998). Na maioria das vezes, o paciente declarado como especial, permite que o tratamento seja realizado desde que o profissional, consiga estabelecer com ele uma relação de confiança (WOLF, 2002).
Esses pacientes normalmente necessitam muito dos profissionais da área de saúde, e por apresentarem em muitos casos um alto índice de cáries e problemas periodontais, necessitam muito dos cirurgiões-dentistas e dos protesistas por necessitarem muitas vezes ser reabilitados pelo uso de próteses.
O grande número de cáries e de doenças periodontais encontradas nessa população pode ser explicado por sua incapacidade para a realização da higiene oral correta. Respiração bucal, anormalidades de oclusão, dieta alimentar cariogênica e efeitos de medicamentos são também fatores que contribuem para o aparecimento dos problemas (WOLF, 2002).