Resumo
A chave para uma terapia de implantes bem sucedida na região estética anterior é um relacionamento harmonioso entre a
restauração implantossuportada e os dentes naturais remanescentes. A criação de uma restauração sobre o implante com aparência natural depende não apenas da colocação adequada do mesmo, mas, também, da reconstrução de uma arquitetura gengival natural ao redor do implante que está em harmonia com a linha dos lábios e rosto. Para atingir este objetivo, um implante deve ser conceitualmente planejado e colocado como uma extensão vertical de uma restauração de forma otimizada (FUNATO et al., 2007).
Alterações dimensionais ocorrem no rebordo desdentado após três meses de cicatrização após a extração. A colocação de um implante no local de extração não consegue impedir a remodelagem que ocorre nas paredes do alvéolo. Sugere-se que a reabsorção das paredes que ocorre após a remoção do dente deve ser considerada em conjunção com a colocação do implante em cavidades de extração (ARAÚJO; LINDHE, 2005; ARAÚJO et al., 2005).
Quando falta volume ósseo, procedimentos cirúrgicos adicionais são necessários para reconstruir e compensar a deficiência. Uma variedade de processos de aumento tecidual, dependendo da localização e do tamanho do defeito, foram introduzidas para fornecer o volume ósseo necessário para permitir a colocação de implantes. A introdução de novos materiais de enxerto (aloenxertos, xenotransplantes e materiais aloplásticos), bem como várias dimensões destes materiais, tem fornecido alternativas para o osso autógeno. O profissional deve fazer a seleção adequada do material de enxerto e técnica com base no tamanho, forma e localização do defeito (AGHALOO; MOY,
implantossuportadas em rebordos cicatrizados, parte do entendimento do volume tecidual disponível. A extensão dos defeitos pode variar em função do traumatismo no momento da extração, tempo de remodelação, tipo de prótese utilizada, bem como de características anatômicas individuais. Três condições clínicas podem ser identificadas: volume ósseo e de tecidos moles adequados; volume ósseo adequado e tecidos moles deficientes, e volume ósseo e tecidos moles deficientes (JOLY; CARVALHO; SILVA, 2015).
Os avanços tecnológicos na radiologia tridimensional (3D) fornecem aos profissionais um método não invasivo para avaliar estes procedimentos de aumento de osso em relação aos implantes pós- extração (CHEN; BUSER, 2014).
A aplicação dos princípios de regeneração óssea guiada para a regeneração do osso maxilar supracrestal forneceu ao clínico a possibilidade de aumentar verticalmente o osso em locais em que a crista alveolar foi reabsorvida. A lógica desta técnica é criar um espaço isolado, com uma membrana (barreira), na qual o coágulo de sangue e o enxerto são estabilizados, e a migração das células epiteliais e do tecido conjuntivo é evitada, e a migração lenta de células osteogénicas podem proliferar, resultando em formação de novo osso (SIMION et al., 2007).
O tratamento de cristas alveolares horizontalmente deficientes com a técnica de regeneração óssea guiada, utilizando osso autógeno misturado com osso bovino inorgânico mineral (Bio- Oss) e membrana reabsorvível natural derivada de colágeno (Bio–Guide), pode ser considerado como bem sucedidos e pode levar à sobrevivência do implante. Dentro do período do estudo, o osso regenerado levou à integração óssea do implante dentário. A avaliação histológica mostrou que Bio-Oss estava conectado com uma rede densa de osso recém-formado de vários graus de maturação (URBAN; NAGURSKY; LOZADA, 2011; URBAN et al., 2013).