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Resumo
A crescente busca pela estética tem tornado os pacientes cada vez mais exigentes. Com o avanço tecnológico, aumentam as opções de tratamento estéticos menos invasivos e traumáticos. Um sorriso esteticamente agradável não depende apenas de fatores como posição do dente, tamanho e cor, mas também da quantidade de exposição gengival (JANUÁRIO; BARRIVIERA; DUARTE, 2008).
A exposição excessiva da gengiva durante o sorriso é atribuída à erupção passiva alterada, crescimento vertical em excesso e aumento gengival (GARBER; SALAMA, 1996). As correções de coroas clínicas curtas devido a essas alterações podem ser realizadas por meio de aumento de coroa clínica estético ou gengivoplastias (MARZADORI; STEFANINI, 2018).
O procedimento tradicional do aumento de coroa tem sido realizado por meio da elevação de um retalho para expor o tecido ósseo e subsequente, osteotomia/osteoplastia. Este procedimento exige sutura e maior tempo de cicatrização, tornando o pós-operatório mais desfavorável (LEMES et al., 2018).
A técnica do aumento de coroa clínica estético sem elevação do retalho cirúrgico (flapless) preserva o periósteo e fornece maior suprimento sanguíneo ao tecido, reduzindo a reabsorção óssea e contribuindo para cicatrização de tecidos, com um pós-operatório mais rápido e confortável para o paciente. Porém, essa técnica só pode ser utilizada se a osteoplastia não for necessária, já que para se reduzir a espessura da tábua óssea vestibular é necessário acessá-la (PONTORIERO; CARNEVALE, 2001; JOLY; DE CARVALHO; DA SILVA, 2010).
Para o auxílio da cirurgia gengival, pode ser utilizado um guia cirúrgico, baseado no planejamento reverso digital, enceramento digital e estético facial, que é uma importante ferramenta para o posicionamento correto da margem gengival, além de aumentar a fixação, visando a uma perfeita inter-relação protética-cirúrgica (BIANCHINI, 2017).
O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de boca semidividida da técnica de cirurgia periodontal de aumento de coroa clínica sem retalho, com e sem uso de guia cirúrgico tomográfico.
