Resumo
A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de condições musculoesqueléticas e neuromusculares que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação e estruturas associadas ou ambas (LÖVGREN et al., 2018). De origem multifatorial a patologia cria uma impossibilidade de reconhecimento de apenas um único fator etiológico desencadeante desta (WANG et al., 2013).
A queixa mais comum nas desordens temporomandibulares é a dor geralmente localizada nos músculos mastigatórios, na área pré-auricular ou articulação temporomandibular, que pode ser agravada pela mastigação ou qualquer outra função mandibular (ZAKRZEWSKA, 2015). Pacientes com essa desordem ainda podem apresentar limitação e assimetria nos movimentos mandibulares, sons na articulação, hipertrofia dos músculos mastigatórios, desgaste oclusal atípico associado à parafunção, dores de cabeça, ouvido, dor facial e mandibular (PLESH; ADAMS; GANSKY, 2012).
A hipertrofia é caracterizada por uma adaptação do músculo ao estresse aplicado, resultando no aumento do volume e número de suas fibras, que não deve ser confundida com hiperplasia, que é somente o aumento de volume das células musculares (TRICOLI, 2001). Outro conceito básico, mas não menos importante é o de inflamação, que se trata da resposta do tecido a uma injúria (VASCULARES; BECHARA; SZABÓ, 1926).