Resumo
A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida, segundo a Academia Americana de Dor Orofacial, como um termo coletivo relacionado com problemas clínicos envolvendo os músculos da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. Esta desordem representa a principal causa de dor não-dental na região orofacial (OKESON, 1992). A dor muscular pode ser difusa e se originar de um ou mais músculos da mastigação, envolver cadeias musculares adjacentes, ser uni ou bilateral, adotar padrão migratório e assemelhar-se à dor facial atípica. Admite-se que, a exemplo das demais regiões do corpo, a etiologia das dores musculares mastigatórias seja multifatorial. Fatores mecânico-posturais, nutricionais, metabólicos, psicossociais e biológicos colaboram para a ocorrência da dor por disfunção mandibular. Assim, afirma (CAMPARIS et al., 2006). Acreditam que pacientes com DTM sofram de dores musculares crônicas que podem afetar toda a musculatura orofacial e também causar dor referida para musculatura cervical e da orelha média, causando sintomas variados como vertigem, zumbido, plenitude auricular e dores de cabeça. Alguns autores sugerem que a disfunção neuromuscular dos músculos mastigatórios podem desencadear alterações no sistema de condução do som porque, filogeneticamente, os ossos da orelha média são interpretados como ossos da mandíbula. Além disso, os músculos tensor do tímpano e do véu palatino são ambos considerados como originários dos músculos mastigatórios, apresentando inervação pelo nervo trigêmeo (RAMIREZ et al., 2005).