Resumo
A manipulação dos tecidos moles vem sendo considerada de extrema importância na atualidade, pois possibilita a otimização dos resultados estéticos e funcionais (TEIXEIRA; PELEGRINE, 2017). Na implantodontia, o aumento da faixa de gengiva ceratinizada melhora a qualidade tecidual ao redor dos implantes e facilita a higienização. A ausência de gengiva inserida ao redor de um implante não é apenas um problema estético, mas biológico, pois pode implicar, também, um processo inflamatório (LANG; LOE, 1972). Desse modo, o uso de enxertos gengivais é necessário para o aumento e/ou modificação das características dos tecidos moles ao redor de implantes. Boynuegri, Nemli e Kasko (2013) mostram que uma adequada faixa de gengiva ceratinizada repercute em menor acúmulo de biofilme e menor presença de fatores de inflamação ao redor de implantes. Para um maior ganho de gengiva ceratinizada deve-se optar por um enxerto que contenha a porção epitelial, comumente conhecido como enxerto gengival livre (EGL). O EGL é usado nos casos que se requer o aumento da faixa de tecido inserido, a remoção de inserções musculares e freios, a proteção biológica em implantes, a oclusão de um alvéolo fresco e eventualmente em recobrimento radicular.