Resumo
O conceito de instalação de implantes em alvéolos no mesmo momento da extração foi introduzido por Schulte e Heimke em 1976 e, desde então, tem se tornando um protocolo cirúrgico cada vez mais comum.
Esta técnica é previsível e já bastante estudada e difundida (MALCHIODI et al, 2013). Tem como vantagens, a redução no número de procedimentos cirúrgicos e, consequentemente, o tempo de tratamento, além da melhora dos resultados estéticos (LAZZARA, 1989; PAOLANTONIO et al, 2001). Atualmente, fornece taxas de sucesso e sobrevivência comparáveis às da instalação tardia em rebordos cicatrizados (QUIRYNEN et al, 2007; SCHROPP & ISIDO, 2008; BECKER & GOLDSTEIN, 2008; CHEN & BUSER, 2009).
Em 2013, Rebele e colaboradores publicaram a técnica de preparação do leito interradicular pré-exodontia para implantes. A fresagem do septo interradicular de dentes multirradiculares imediatamente após a extração, em muitos casos, se mostra um procedimento desafiador, devido à frequência com que a broca desvia durante a perfuração do septo, levando a uma alteração do posicionamento ideal do implante, comprometendo os resultados protéticos e biológicos da reabilitação. Na técnica apresentada, a manutenção das raízes promove uma estabilização das brocas durante a fresagem do septo, proporcionando um maior controle durante a perfuração (FICKL et al, 2011).
Outro desafio é o selamento alveolar, uma vez que a intenção é preservar o contorno cervical e o perfil de emergência protético. Para tal, pode-se confeccionar e instalar um cicatrizador provisório personalizado (CPP) (TARNOW et al, 2014), que cumpre os objetivos supracitados, além de conter o enxerto ósseo.