Resumo
O processo de cicatrização do osso alveolar após a extração dentária desencadeia uma cascata de eventos biológicos, que pode ter efeito desfavorável na arquitetura do tecido gengival. A inevitável perda de tecidos moles e duros associada a este processo pode resultar em um local comprometido para posterior instalação de implantes, especialmente em regiões estéticas (CABELLO et al., 2012; KAN et al., 2018).
Evidências científicas demostram que uma perda horizontal de cerca de 30% do volume ósseo pode ser esperada no período de 3 meses, após uma extração dentária. Assim, a instalação imediata de implante com o emprego de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas está associada a um menor padrão de perda óssea e maior sucesso da técnica (ANDREIUOLO et al., 2016).
Nesse sentido, os implantes imediatos estão sendo considerados, cada vez mais, um procedimento de rotina, diante das suas vantagens. Dentre elas, podem ser citadas a necessidade de uma única intervenção cirúrgica, com menor trauma e redução no tempo de tratamento. Além disso, a previsibilidade de implantes imediatos pode ser comparada à dos implantes instalados em rebordo cicatrizado (NORTON, 2004; LANG et al., 2007; CABELLO et al., 2012).
Desde 1998, o sucesso dos implantes imediatos associados ao uso de provisórios imediatos em áreas anteriores vem sendo relatado, com estudos comprovando a viabilidade de tal tratamento (COSYN et al., 2011).
As desvantagens conhecidas do uso de implantes imediatos incluem o risco de recessão da mucosa e a necessidade de um operador qualificado, sendo um tratamento a ser escolhido em conformidade com as necessidades do paciente e capacidade do profissional (KAN et al., 2018).
Nesse contexto, o objetivo do presente relato clínico é descrever um caso de instalação de implante imediato associado à temporização imediata em região estética.