Resumo
No início da utilização de implantes, (BRÅNEMARK et al., 1969) propuseram um protocolo no qual os implantes deveriam ficar submersos por um período que variava conforme a qualidade óssea, sem carga mastigatória (DENISSEN; KALK, 1991), pois se acreditava que os micromovimentos interfeririam no processo de perda do implante (GELB, 1991). Com o passar do tempo, os estudos foram mostrando que, sob determinadas condições – como estabilidade primária – seria possível aplicar com sucesso carga imediata ao implante recém-instalado (MISCH, 2000; SILVA et al., 2013).
A implantação imediata pós-exodontia é uma realidade para elementos unitários desde 1994, quando (BECKER et al., 1994) afirmaram que, sempre que possível, o implante deve substituir a raiz dentária no mesmo procedimento em que ela é removida, evitando perdas ósseas adicionais que podem ocorrer no sentido horizontal e vertical.
O bom posicionamento, estabilidade inicial do implante, a presença do alvéolo intacto com boa cortical vestibular, além de uma quantidade mínima de 3 mm de osso residual apical, são essenciais no restabelecimento da função e estética neste tipo de tratamento (OLIVEIRA et al., 2008).
Atualmente, o uso de implantes com carga imediata em áreas estéticas tem sido comum, já que as intercorrências na arcada bucal podem acontecer sem aviso prévio (como durante a prática de esporte, em iatrogenias, traumas e fraturas de próteses antigas), sendo indicado para evitar a reabsorção alveolar que prejudique a estética.
Contudo, para instalação dos implantes também devem ser observados os tecidos moles, uma vez que qualquer tipo de infecção ou lesão encontrada poderá comprometer as instalações dos mesmos.