Resumo
A baixa qualidade e quantidade óssea, aliada à morfologia do osso e à presença do seio maxilar é um dos grandes desafios dos implantodontistas no planejamento das reabilitações orais unitárias implantossuportadas na região posterior de maxilas atróficas. Para evitar essa situação, é realizado o levantamento do assoalho do seio maxilar por meio da “Técnica de Janela Lateral” ou da técnica atraumática, também conhecida como “Técnica do Osteótomo” ou “Técnica de Summer”. Esta foi descrita pela primeira vez em 1994, e ficou conhecida por sua principal vantagem: de ser menos invasiva que a Técnica de Janela Lateral (SUMMERS, 1994). Porém, a Técnica de Summer tem o problema da magnitude das forças exercidas pelo martelamento e desconforto do paciente durante a realização do procedimento (YOUNG et al., 2009). Esta técnica tem muitas complicações pós-operatórias como: dano aos órgãos auditivos internos e inclusive vertigem, e ainda, a possibilidade de dano à membrana de Schneider (YOUNG et al., 2009; CROVETTO; MARTINEZ, 2012; EMMERICH; Att; Stappert, 2005).
Neste capítulo se relata uma nova técnica para levantamento do assoalho do seio maxilar, que permite uma fixação em todas as estruturas, incluindo cortical da crista óssea, osso medular e cortical inferior do seio, também chamada de fixação CMI (Crestal cortical fixation, Middle cancellous fixation, and inferior cortical fixation) (SU-GWAN; JI-SU; YOUNG, 2010). Para obter isto, a cortical inferior do seio será perfurada sem danificar a membrana de Schneider, fresando em vez de martelando, utilizando uma broca chamada “S-reamer”(Neobiotec Co., Korea). Esta broca está desenhada para remover o osso embaixo do assoalho do seio sem romper a membrana. Deriva seu nome da forma de S da sua ponta ativa. Esse corte em forma de “S”, atua como reservatório para partículas ósseas, que se acumularão na sua ponta ativa, de forma que ela perca sua capacidade de corte, e não perfure a membrana do seio (YOUNG et al., 2009). Esta broca está disponível em 5 diâmetros: 2,4, 2,8, 3,2 e 3,6 e 4 mm de comprimento da ponta ativa. A seleção apropriada do diâmetro correto é essencial para a fixação CMI (SU-GWAN; JI-SU; YOUNG, 2010).