Resumo
Fármacos à base de bifosfonatos são comumente utilizados desde 1986 na medicina para tratamentos de metástases ósseas, doença de Paget, osteopenia, osteoporose e mioloma múltiplo (FLEISH, 1998).
Os referidos fármacos podem ser administrados tanto via oral quanto intravenosa, sendo esta última, mais relacionada com o desenvolvimento da osteonecrose (MARX, 2007).
Quando utilizados por longos períodos, podem acarretar o aumento da concentração óssea e armazenamento dos mesmos nos ossos, e quando utilizados por um período superior a 10 anos, constituem-se num fator de contribuição no diagnóstico de osteonecrose (OTT, 2011). A osteonecrose pode ser definida como uma exposição de tecido ósseo necrótico, com duração perdurando aproximadamente oito ou mais semanas, associado ao histórico de terapia com bifosfonatos sem submissão ao tratamento de radioteapia na região (RUGGIERO et al., 2005).
A incidência de osteonecrose pelo uso constante de bifosfonatos pela via oral é menos frequente e apresenta menor agressividade, além de sinais e sintomas mais brandos, quando comparado ao uso de bifosfonatos via endovenosa. O tratamento recomendado é a intervenção cirúrgica, associado à descontinuação do uso do fármaco (MARX, 2007).