Resumo
A disfunção temporomandibular (DTM) é uma terminologia utilizada para classificar os distúrbios funcionais do sistema mastigatório. De origem multifatorial, não há uma única causa que justifique todos os sinais e sintomas, embora a dor seja um dos sintomas mais frequentes da Disfunção Temporomandibular (DTM), podendo acometer os músculos da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM), estruturas associadas ou ambas (OKESON et al., 2000).
O conhecimento das DTMs (Disfunções Temporomandibulares) em seu contexto individual, laboral, etiologia e seus efeitos, é fundamental para se chegar ao diagnóstico e após a determinação deste, definir o tratamento (FERREIRA, 2012).
O diagnóstico das desordens temporomandibulares (DTM) deve ser conduzido de acordo com os sinais e sintomas característicos, observando a natureza da etiologia. O diagnóstico da DTM deve ser criterioso e obtido por meio de um exame cuidadoso do paciente e aspectos relevantes ao tratamento (CESTARI; CAMPARI, 2002).
As dores crônicas apresentam uma etiologia multifatorial, com componentes fisiopatológicos, sociais, culturais e psicológicas. Essas dores relacionadas à DTM têm refletido na qualidade de vida das pessoas (BARBOSA; MYIAKODA, POCZTARUK, 2008). O aumento da incidência das dores orofaciais crônicas relacionadas à DTM e suas repercussões têm merecido destaque nas investigações em saúde pública (BEZERRA et al., 2012).
O impacto da dor, estado geral de saúde e principalmente o reflexo das condições físicas no desempenho das atividades diárias ou profissionais, são os mais afetados nos pacientes com dor crônica (GARCIA; VIEIRA, 2013).
O tratamento deve visar ao restabelecimento das funções debilitadas, o alívio da dor, a redução da sobrecarga da musculatura, a promoção do equilíbrio neuromuscular e a redução do estresse e da ansiedade, promovendo o bem-estar físico, social e emocional do indivíduo (GANZAROLI; CASA JUNIOR, 2013).