Resumo
O Brasil, segundo os dados divulgados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), possui 16 milhões de brasileiros com nenhum dente na boca. O número representa 11% da população adulta, sendo 13,3% entre as mulheres e 8,4% entre os homens. A mesma pesquisa relata que 41,5% dos brasileiros com mais de 60 anos já perderam todos os dentes (IBGE, 2014).
O quadro apresentado pelo IBGE mostra a necessidade dos cirurgiões-dentistas se prepararem para atender a esta demanda. Necessidade que se reforça quando se percebe, nos dias de hoje, a busca por parte deste contingente da população, por uma melhor qualidade de vida, o que envolve o reestabelecimento da saúde bucal, com ganho de função mastigatória, estética e, principalmente, autoestima (PENÂRROCHA et al., 2015).
A Implantodontia trouxe aos indivíduos desdentados totais, uma excelente alternativa para esta melhora na qualidade de vida: a prótese total fixa sobre implantes, tradicionalmente conhecida como Prótese Protocolo. Entretanto, desde a descrição inicial da técnica, até os dias atuais, sempre se procurou reduzir as dificuldades ao paciente e ao profissional, dentre elas, o tempo de espera para se confeccionar a prótese sobre os implantes. Em função do aumento do número de pacientes e dos inconvenientes causados por este período de espera, vários trabalhos foram desenvolvidos visando reduzi-lo, surgindo, desta forma, a carga imediata. Desde então, os autores vêm demonstrando não haver diferenças significativas no índice de falhas entre os implantes submetidos a carregamento imediato e os submetidos ao carregamento convencional (TEALDO et al., 2011; ESPOSITO et al., 2013).
Com o desenvolvimento das técnicas, o Protocolo com Carga Imediata consolidou-se como um procedimento com alto grau de previsibilidade, satisfação e segurança, reestabelecendo função mastigatória, estética, qualidade de vida e autoestima em curto período de tempo, tornando-se muito atraente para os pacientes e se transformando na opção de eleição para os mesmos e, também, para os profissionais, (DIERENS et al., 2009).