Resumo
O tratamento e reabilitação de pacientes com edentulismo total sempre foi e continua sendo um dos maiores desafios para o cirurgião-dentista, principalmente em países como o Brasil onde a incidência de desdentados totais ainda é alta, e muitos deste acabam não sendo reabilitados. Os que conseguem acesso ao tratamento reabilitador acabam sendo tratados com próteses totais convencionais. Nesse tipo de paciente a perda óssea dos rebordos alveolares devido à perda total da dentição acaba promovendo com o tempo problemas de retenção e estabilidade nessas próteses, e isso é mais comum ainda nos arcos inferiores (MISCH 2001).
Os problemas em decorrência dessa desadaptação acabam criando dificuldades tanto na alimentação quanto na vida social desses indivíduos. É justamente nessas situações que as próteses sustentadas sobre implantes podem ser uma excelente alternativa reabilitadora, pois restabelecem a capacidade de mastigação, estética, fonação e autoestima por meio da solução dos problemas de instabilidade e falta de retenção das próteses totais convencionais (PRITHVIRAJ; MADAN; HARSHAMAYI, 2014).
Dentre as opções de próteses implantossuportadas, existem as removíveis, conhecidas como overdentures e as fixas. As próteses fixas sobre implantes em maxila e mandíbula se apoiam em 4, 5 ou 6 implantes. Esta regra de reabilitação recebeu o nome de protocolo Branemark (BRÅNEMARK, 1983).
Após a osseointegração, os implantes passam a dar sustentação a uma prótese fixa, confeccionada a partir de uma estrutura metálica associada à resina acrílica ou porcelana (CARDOSO, 2012).
Em se tratando do arco inferior, os implantes são instalados geralmente entre os forames mentonianos, devido à ausência de altura óssea na parte posterior do rebordo mandibular, e a barra metálica da prótese acaba precisando se estender para além desses forames, formando um cantilever que pode gerar problemas aos implantes caso seja muito grande esse segmento suspenso (CID et al., 2014).