Resumo
As coroas sobre implantes podem ser classificadas de acordo com o Método de Fixação em: parafusadas e cimentadas. Até o presente momento, ainda não há suficiente comprovação científica que evidencie a opção para um único sistema de ligação e a escolha ainda é controversa (CHEE et al., 1999). Alguns autores sugerem, como sendo melhor para os implantes, a utilização de coroas cimentadas, enquanto outros consideram as próteses parafusadas como a melhor escolha (ANDERSSON et al., 1998). As coroas cimentadas possuem melhor estética devido à ausência de vedamento oclusal do orifício de entrada do parafuso de fixação, porém são tidas como irreversíveis, pois necessitam serem seccionadas para sua remoção. Com a sua individualização, os problemas serão mínimos, desde que se use um torque adequado para a união implante-pilar protético (CARVALHO et al., 2012). Uma das vantagens das coroas confeccionadas separadamente é a ausência de desadaptações sobre os pilares protéticos, gerando, assim, uma passividade e uma melhora da biologia dos tecidos peri-implantares (BELAS et al., 2012).
Do ponto de vista clínico, um dos fatores que afetam o sucesso a longo prazo das coroas sobre implantes é a resistência mecânica, tanto do sistema de fixação implante-prótese quanto do material da prótese em si. Próteses parafusadas oferecem a vantagem da reversibilidade (GUICHET, 1994), simplificando os reparos quando necessários, assim como a avaliação de higiene oral e sondagem peri-implantar, também quando necessárias (BRENEMARK et al., 1995). Entretanto, a presença do orifício do parafuso de acesso interfere na morfologia oclusal e compromete parcialmente a estética (HEBEL, 1997).
Mendes et al. (2010) afirmaram que a superfície oclusal das próteses cimentadas oferece uma maior estabilidade funcional, uma vez que, nas próteses parafusadas, o orifício de acesso ao parafuso pode ocupar até um terço da área oclusal. Michalakis et al. (2003) também afirmaram que as coroas cimentadas oferecem excelente estética devido à ausência do orifício de acesso oclusal, além de fornecerem maior passividade de assentamento sobre o pilar protético. Para Zarone et al. (2007), coroas metalocerâmicas implantossuportadas parafusadas demonstraram menor resistência à fratura da porcelana, quando comparadas às coroas cimentadas. Por outro lado, as próteses cimentadas não permitem sua remoção sem danificarem-se.