Resumo
A reabilitação de maxilas edêntulas com implantes osseointegrados e próteses tipo protocolo de Brånemark se configura como uma solução previsível e estabelecida do ponto de vista técnico nos casos em que o paciente dispõe de bom remanescente ósseo (ROMEO et al., 2004; GALUCCI et al., 2016).
Da mesma forma, o bom índice de sucesso de carga imediata em implantes múltiplos ferulizados encontra grande suporte na literatura (CHIAPASCO, 2004).
As maiores dificuldades aparecem nas situações em que a maxila apresenta atrofia óssea que impede o adequado posicionamento tridimensional ou até mesmo a simples instalação de implantes.
Isso normalmente obriga o paciente a submeter-se a cirurgias de enxertos prévias aos implantes que, dependendo da extensão da perda óssea, implicarão na necessidade de coleta de osso doador em áreas extraorais, aumentando a morbidade e o custo dos tratamentos, além de um aumento significativo no
tempo decorrido para a conclusão do caso. A reconstrução de leitos ósseos com a utilização de enxertos em bloco é uma prática amplamente utilizada e documentada na odontologia (HERNANDEZ & SANCHO, 2013; AGHALOO & MISH, 2016).
A utilização de osso homólogo fresco e congelado nessas situações vem sendo descrita como uma alternativa viável pela simplificação da técnica e baixa morbidade apresentada (BUFFOLI et al., 2013; CONTAR et al., 2009).
A sobrevida de implantes em áreas enxertadas é bastante alta, aproximando-se da obtida quando utilizamos osso nativo (CHEUNG; LEUNG, 2003). A colocação de carga precoce em implantes, especialmente quando esses apresentam-se ferulizados também vem sendo empregada há muito tempo com excelentes resultados (CHIAPASCO, 2004).