Resumo
O edentulismo, sendo ele total ou parcial, implica na maioria dos casos, em diminuição das funções fonéticas e mastigatórias, além de muitas vezes, alterando aspectos de formação psicológica e social do paciente (BALAJI, 1970; BRÅNEMARK, 1975; LEKHOLM; ZARB, 1985).
A implantodontia surgiu da necessidade de substituir ou recolocar dentes naturais perdidos, na tentativa de atender razões estéticas e funcionais que as próteses convencionais não resolviam satisfatoriamente (BRANEMARK; ZARB; ALBREKTSON, 2001). Avanços na compreensão da osseointegração e no desenvolvimento de técnicas de colocação que asseguram uma taxa de alto sucesso têm resultado em mais aplicações para os implantes (ATWOOD, 1971).
Um dos fatores locais que mais influenciam na decisão da possibilidade, de como será a cirurgia e, principalmente, qual será o prognóstico, é a quantidade e qualidade do tecido ósseo presente (MISCH, 2004). O sítio do implante deve ter boa vascularização, além de uma quantidade adequada tanto de tecido ósseo cortical como de tecido ósseo trabecular. A classificação da qualidade óssea mais usada é a proposta por Lekholm e Zarb (LEKHOLM; ZARB, 1985).
Segundo Jensen, Sindet-Pedersen e Enemark (1998), na maxila, ocorre uma associação de atrofia severa com uma tendência dos pacientes debilitarem severamente a pré-maxila, pois adquirem o habito de mastigar com os dentes anteriores inferiores.
O conceito de Regeneração Óssea Guiada (ROG) propõe que a regeneração de defeitos ósseos seja obtida de forma previsível com a utilização barreiras. As células não-osteogênicas do tecido mole são excluídas mecanicamente, permitindo que células ósseas oriundas das paredes do defeito proporcionem neoformação óssea (CORDARO; AMADÉ; CORDARO, 2002). Os diferentes tipos de materiais empregados em membranas ou enxertos possuem características clínicas distintas que podem interferir na promoção óssea. Além disso, o grau de reabsorção óssea apresentado por determinado sítio, na maioria das vezes, define qual técnica deve ser aplicada como definem (AYUB et al., 2011).
Telas de titânio para contenção de enxertos ósseos particulados, tem sido usadas desde 1970, quando foram primeiramente descritas por Boyne (BOYNE, 1970). Este autor popularizou o uso de telas de titânio associadas a tecido ósseo particulado proveniente do ilíaco e destacou que, principalmente a facilidade de colocação das telas se mostrou como um ponto vantajoso para a técnica (RAKHMATIA et al., 2013).
A associação das técnicas de ROG e implantes em um único ato cirúrgico acelera o processo de reabilitação do paciente, pois permite que a prótese possa ser instalada em um menor tempo, o que oferece inúmeros benefícios ao paciente reabilitado.