Resumo
Um sorriso atraente e estético é uma das exigências básicas da maioria das pessoas em todo o mundo. O sorriso ideal é resultado da interação harmoniosa entre 3 componentes importantes: o lábio, os dentes e a gengiva (ALAMMAR; HESHMEH, 2018). Um sorriso considerado normal tem de 1 a 2 mm de exposição gengival desde a borda inferior do lábio superior até a margem gengival dos incisivos centrais superiores. Maior que 4 mm de exposição gengival não é esteticamente agradável para a maioria dos pacientes e é conhecido como sorriso gengival (BHIMANI; SOFIA, 2019).
O sorriso gengival pode ser devido à erupção passiva alterada, excesso vertical da maxila, extrusão dentoalveolar, crescimento gengival, lábios imperativos, lábio curto ou uma combinação desses fatores (TORABI et al., 2018). O crescimento vertical da maxila, sendo uma das principais indicações para o reposicionamento de lábio é uma condição esquelética em que há um aumento do comprimento vertical da maxila com o terço inferior da face mais alongado. O diagnóstico de crescimento vertical da maxila é feito visualmente medindo a quantidade de exposição gengival e confirmado por análise cefalométrica (FOUDAH, 2019).
Assim, Rubisten e Kostianovsky em 1973 descreveu o procedimento de reposicionamento de lábio como parte da cirurgia plástica estética na medicina. Mais tarde, foi introduzido na odontologia, após ser modificado em 2006 por Rosenblatt e Simon. É uma técnica cirúrgica permanente conservadora que oferece uma abordagem menos invasiva ao sorriso gengival. A cirurgia visa limitar a tração do músculo do sorriso (zigomático menor, orbicular da boca e elevador do lábio superior) reduzindo a profundidade do vestíbulo superior (MATOSES et al., 2018).