Resumo
A atresia maxilar é uma deformidade esquelética facial de crescimento e pode ser classificada em dento alveolar, esquelética ou ambas (BARRETO et al., 2005). A harmonia dento-facial é extremamente importante para o bom desempenho de funções fisiológicas como mastigação, deglutição, fonação e respiração (CAMARGO; PROCÓPIO, 2006). Por isso, se esse problema transversal não for tratado precocemente, pode gerar distúrbios no desenvolvimento facial e esquelético, e o paciente, ao final do crescimento, ainda pode apresentar uma assimetria mandibular devida à remodelação das estruturas da ATM (FERREIRA et al., 2007).
Por ser um método eficiente, a disjunção maxilar é indicada para correção da deficiência transversal da maxila. Esse tratamento por meio da expansão rápida da maxila é conhecido há mais de 140 anos, no entanto seu mecanismo de ação só foi melhor definido pelo Dr. Andrew Haas na década de 60. A partir de então, tornou-se um método rotineiramente usado em pacientes em crescimento, e já consagrado em muitos artigos publicados (CAMERON et al., 2002; JANSON et al., 2009; DE ROSSI; SILVA; STUANI, 2010).
A expansão rápida da maxila é um recurso muito importante na prática ortodôntica, pois possibilita o descruzamento da mordida posterior através do rompimento da sutura palatina mediana e da desorganização das demais suturas do complexo craniofacial. Porém, devido ao seu caráter ortopédico, a disjunção apresenta limitação de idade para a sua realização, uma vez que, ao final do crescimento facial, ocorre ossificação das suturas, o que dificulta o seu rompimento (CAPELOZZA FILHO et al., 1994; BACCETI et al. 2001).