Resumo
O tumor odontogênico adenomatoide (TOA) é um tumor epitelial benigno não muito comum, descrito pela primeira vez em 1907 por Dreibaldt como um pseudoadenoameloblastoma (JOHN; JOHN, 2010), classificado como tumor odontogênico pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1971.
Em 2005, a OMS definiu o TOA como sendo composto de uma variedade de padrões histológicos de epitélio odontogênico embutidos no estroma do tecido conjuntivo caracterizado por seu crescimento lento e progressivo (MAIA; PINTO, 2017).
O tumor odontogênico adenomatoide é uma lesão benigna e não invasiva de crescimento lento, frequentemente descoberta durante o exame radiográfico de rotina. O TOA possui três variantes clinicopatológicas: folicular intraósseo (pericoronal), folicular intraósseo (extracoronal) e extraósseo (periférica) (MAJUMDAR et al., 2015).
Normalmente, as características radiográficas apresentam lesões radiolúcidas e de câmara única envolvendo a coroa dos dentes impactados, embora também possam ser encontrados os dentes erupcionados associados a esta lesão (MAIA; PINTO, 2017).
O tumor odontogênico adenomatoide é um tumor incomum de origem epitelial odontogênica (TATULLO et al., 2014). Quando assume dimensões extensas ocorre um aumento em volume de consistência firme à palpação. Deslocamento de dentes vizinhos devido à expansão do tumor é mais comum que reabsorções de raiz (DO EGITO et al., 2008).
TOA é considerado mais do que uma neoplasma benigna epitelial, uma lesão tumoral odontogênica, hamartoma de origem ou neoplásica (CHRCANOVIC; GOMEZ, 2019).
Considerando que o TOA é um tumor benigno e apresenta comportamento não agressivo, caracterizado por crescimento lento e progressivo, baixa tendência à recidiva e pela presença de uma cápsula indicativa de ausência de invasão aos tecidos circunjacentes, o tratamento eleito é cirúrgico conservador por excisão e curetagem. De acordo com a posição e do envolvimento do dente não irrompido associado à lesão, deve-se ou não o preservar, tracionando-o ortodonticamente (DE ALMEIDA et al., 2011).