Resumo
A perda de um ou múltiplos dentes é uma condição prejudicial e bastante desagradável para o paciente, já que envolve diversos aspectos que incluem a função mastigatória, fonética e a estética (MENASSA et al., 2014), sendo a sua substituição um permanente desafio clínico (GRATTON; AQUILINO, STANFORD, 2001).
Ao longo do tempo a substituição de elementos dentários ausentes esteve presente na história da humanidade e até hoje torna-se um desafio ao cirurgião-dentista. A causa dessas ausências é multifatorial, somado ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros e do índice de edentulismo parcial, torna-se imprescindível a reposição protética dos dentes perdidos (SULLIVAN, 2001).
A reabilitação é a área da Medicina Dentária que se ocupa da restauração e manutenção da função oral pela substituição dos dentes perdidos ou reparação de dentes com algum tipo de dano por meio de próteses (ARAMBURU, 2017), o que requer do profissional um amplo conhecimento da área odontológica e um entendimento entre os anseios do paciente e sua real condição de tratamento (HASAN et al., 2011).
O surgimento da implantodontia e das próteses implantossuportadas viabilizou e facilitou a resolução de várias situações clínicas, além de trazer aos pacientes melhora na sua saúde geral e qualidade de vida (CARMO FILHO et al., 2005).
As restaurações de prótese fixa sobre implantes são uma realidade cada vez mais comum na prática clínica, uma vez que a colocação desses dispositivos é cada vez mais usual. Assim sendo, torna-se importante o conhecimento das diversas possibilidades de restaurações bem como os seus variados materiais (ARAMBURU, 2017).
Durante a fase de planejamento do tratamento, é necessária a avaliação das zonas edêntulas onde serão colocadas as próteses. Um bom planejamento deve incluir uma análise detalhada das dimensões definitivas das zonas edêntulas, tais como: largura mesiodistal, distância ocluso-cervical, dimensão bucolingual e posição do rebordo residual, ressaltando-se a importância deste último já que a perda do contorno residual faz com que haja espaços entre a mucosa e a prótese, resultando numa estética comprometida e impacção alimentar (ARAMBURU, 2017).
A coroa deve reconstruir a coroa clínica propriamente dita, restabelecer os contornos e anatomia de cada dente, respeitar as estruturas periodontais (espaço biológico), ter boa adaptação marginal e oclusão e possuir um aspecto estético o mais parecido possível a um dente natural. (ROSENSTIEL; LAND, FUJIMOTO, 2009).
A região anterior da maxila, por ser uma área onde o quesito estético é imperioso, sua reabilitação torna-se cuidadosa e trabalhosa, exigindo do profissional conhecimentos biomecânicos para obtenção de resultados previsíveis com parâmetros claramente definidos e bem planejados (BUSER et al., 2004).
Neste trabalho demonstraremos um caso de reabilitação oral em que foi realizado tratamento ortodôntico, com correção da dimensão vertical de oclusão e realização de implantes, coroas e facetas em porcelana para fechamento dos diastemas e correção da estética.