Resumo
Os trabalhos livres de metal vem sendo uns dos mais procurados pela sociedade. Com a utilização da zircônia, temos a possibilidade de realizar trabalhos estéticos nos quais conseguimos substituir as estruturas metálicas das próteses fixas por estruturas de zircônia, proporcionando um melhor resultado estético, principalmente em dentes anteriores.
Atualmente, as biocerâmicas baseadas em zircônia se tornaram temas de pesquisa de grande interesse no campo de biomateriais (PICONI; MACCAURO, 1999).
A cerâmica zircônia, parcialmente estabilizada com óxido de ítrio (Y-TZP), é utilizada na odontologia para a confecção de peças através do sistema que utiliza o processo computadorizado CAD/CAM (Computer-Aided-Design/Computer Assisted Machining). Quando comparada a outras cerâmicas odontológicas, Y-TZP apresenta melhor desempenho mecânico e resistência à fratura (HANNINK, 2000).
As próteses em zircônia são restaurações confeccionadas a partir de cerâmicas altamente resistentes à flexão e à fratura (cerca de duas vezes mais resistente que a Alumina). Sua composição é formada por 3% de óxido de Ítrio tratado com policristais de Zircônia Tetragonal e uma pequena concentração de Alumina (<0,25%). Essa combinação garante a segurança e a longevidade da restauração de zircônia.
São utilizadas para a confecção de peças protéticas unitárias ou múltiplas sobre dentes e implantes, componentes protéticos sobre implantes, para próteses parafusadas ou cimentadas, tendo como principal objetivo garantir a estética gengival, principalmente nos casos em que os pacientes apresentam gengivas finas, e os componentes de titânio deixariam aparecer o escuro do metal. Devemos tem em mente que apesar da semelhança da inserção epitelial, existem diferenças importantes na forma como o tecido conjuntivo se conecta aos implantes na ausência do cemento radicular. Com os dentes, as fibras dentogengivais estão diretamente perpendiculares/oblíquas às superfícies radiculares e firmemente ancoradas no cemento, enquanto nas superfícies dos implantes ocorre apenas uma adaptação ao tecido conjuntivo (GAMBORENA; BLATZ, 2015).