Resumo
Os terceiros molares constituem-se em uma das grandes preocupações do Cirurgião-Dentista, principalmente dos Ortodontistas, que frequentemente, necessitam decidir pela extração, enucleação ou manutenção dos mesmos (SANTOS et al., 2004).
Durante as avaliações clínicas, os profissionais deparam-se com um grande número de terceiros molares retidos e impactados nos maxilares, e quando é chegada a idade na qual o processo eruptivo se inicia, não resta outra alternativa a não ser a avulsão cirúrgica.
Os terceiros molares são quase sempre responsáveis por infecção, dor, cárie, reabsorção radicular, apinhamento dentário, processos císticos e tumores odontogênicos benignos ou malignos, que justificam a não manutenção destes nas arcadas dentárias, quando inclusos ou mal posicionados.
Atualmente, não há tanta dúvida quanto à necessidade de extração dos terceiros molares na maioria dos pacientes, deixando a dúvida de qual a melhor época para extração. Ricketts, (1979) sugeriu que fossem utilizadas radiografias cefalométricas da cabeça, realizadas aos 8 ou 9 anos de idade. O cirurgião-dentista deve avaliar com cuidado a necessidade de realizar a enucleação em idade tão jovem.
Para que o planejamento seja feito mais detalhado, por meio da visualização tridimensional, permitindo uma cirurgia sem intercorrências, eliminando as sobreposições e distorções que são inerentes aos exames de duas dimensões, deve ser levada em consideração a utilização da TCFC (VIDOR, 2013).
A remoção precoce destes dentes pode apresentar algumas vantagens, como: espaço pericoronário amplo, grande distância do dente ao nervo alveolar inferior ou seio maxilar, e menor chance de complicações pós-operatórias (GANSS, 1993).
Um dos métodos para previsão de espaço para os terceiros molares, ainda hoje, é o método de TURLEY (1974), que utiliza a distância entre o centro do ramo mandibular (ponto Xi) e a superfície distal do segundo molar inferior. As distâncias médias destas medidas foram de 21 mm para dentes que ficariam retidos, 25 mm para dentes que irromperiam parcialmente ou mal posicionados, e 30 mm para dentes irrompidos em boa oclusão.