Fibroma ossificante periférico

Resumo

O Fibroma Ossificante Periférico (FOP) é uma lesão proliferativa reacional, sendo considerado um processo metaplásico. Sua etiologia e patogênese ainda não estão esclarecidas, mas alguns autores concordam com a hipótese de uma reação originária do ligamento periodontal em resposta a diversas condições inflamatórias, como cálculo dental,  próteses mal-adaptadas, acúmulo de biofilme, raízes residuais, restaurações mal-adaptadas, além de outros agentes traumáticos (CUISIA; BRANNON, 2001; LUVIZUTO et al., 2012; DAHIYA et al., 2012; VERMA et al., 2013). Existe uma variedade de referências ao FOP em estudos publicados na literatura, tais como: Fibroma Odontogênico Periférico, Fibroma Periférico com Calcificação, Granuloma Fibroblástico Calcificante, Epúlide Fibrosa Ossificante e Fibroma Cementificante Periférico (CUISIA; BRANNON, 2001; FARQUHAR et al., 2008). O FOP compreende cerca de 9% de todos os crescimentos gengivais e ocorre com maior frequência na maxila anterior de pacientes do sexo feminino durante a 2ª década de vida. Acomete a gengiva inserida geralmente envolvendo a papila interdental, apresentando-se clinicamente como um nódulo de crescimento lento, pedunculado ou séssil, de coloração que varia de rosa pálido a vermelho-cereja e, na maioria das vezes, é assintomático (JOHN; KANDASAMY; ACHUTHAN, 2016). Entretanto, o exame histopa- tológico da lesão é essencial para o diagnóstico definitivo de Fibroma Ossificante Periférico (CUISIA; BRANNON, 2001; LUVIZUTO et al. 2012; DAHIYA et al., 2012; VERMA et al., 2013.). Histologicamente, o FOP consiste em um ou mais tecidos mineralizados, incluindo osso, tecido seme- lhante a cemento ou calcificação distrófica dentro de uma matriz fibrosa celular (NEVILLE et al., 2002). A sua taxa de recorrência é estimada entre 8% e 20% (FARQUHAR et al., 2008; TRASAD et al., 2011), justificando a excisão cirúrgica da lesão, além da remoção dos fatores etiológicos identificáveis, com adequado acompanhamento pós-operatório (DE CARLI et al., 2007; ANDRADE et al., 2013; FIGUEIREDO et al., 2014; LÁZARE et al., 2019).

O objetivo deste estudo foi descrever o caso clínico de um Fibroma Ossificante Periférico com suas características clínicas, radiográficas, bem como seu diagnóstico definitivo, tratamento e acompanhamento.

análise histopatológica anestesia anti-inflamatório área doadora de enxerto conjuntivo área doadora de enxerto gengival áreas doadoras de enxerto conjuntivo áreas doadoras de enxerto de tecido mole assintomático base séssil biópsia biópsia excisional biópsias cirurgia periodontal crescimento tecidual cuidados pré-operatórios enxerto de tecido conjuntivo subepitelial enxertos de tecido conjuntivo subepitelial ETCSE exame histopatológico fibroma ossificante fibroma ossificante periférico fibroma periférico incisão incisão intrassucular incisões infiltrativa lesão bucal medicação pré-operatória nódulo nódulo bem definido odontologia palato periodontia raspagem raspagem e alisamento radicular séssil sutura ultrassom ultrassom subgengival