Resumo
O sistema mastigatório, cujas funções correspondem à mastigação, deglutição, fonação e estética, pode apresentar dano ou limitação do exercício de sua finalidade, mediante a ocorrência de perdas dentárias, desde unitárias até as mais amplas (OKESON, 2013).
Visando restabelecer a função do sistema mastigatório, estas perdas dentárias podem ser restituídas por meio de próteses fixas e removíveis, e ainda, dentre o arsenal à disposição do cirurgião-dentista, estão os implantes dentários. Estes foram desenvolvidos por Brånemark, e até a atualidade, aperfeiçoados, alcançando um alto índice de sucesso, tornando-se uma importante ferramenta para reabilitar os segmentos das arcadas que sofreram perdas dos elementos dentários (CHRISTENSEN, 2008; LAURELL; LUNDGREN, 2011; QUARANTA et al., 2014).
De fato, o clínico, no que se refere a um dado planejamento protético, não raro, mediante as diversas opções terapêuticas, tem se deparado com o seguinte questionamento: até quando deve-se manter um dente ou substituí-lo por um implante? A resposta a esta pergunta é, sem dúvida, a releitura de um paradigma da odontologia: a manutenção do dente (MORDOHAI et al., 2005; ZITZMANN et al., 2010).
Por certo, deve-se considerar que a preservação do elemento dentário seria o ideal, no entanto, nem sempre é a possibilidade clínica real, uma vez que, mediante as altas taxas de sucesso dos implantes, pode-se evitar tentativas “heróicas” de manutenção de dentes, por meio de procedimentos repetidos e seguidos de insucesso que resultariam não só da perda do dente, como também do tecido ósseo periférico, o que promoveria um maior dano estético, e ainda uma maior necessidade de procedimentos cirúrgicos, por meio de enxertos, visando recuperar, mesmo que de forma limitada, o tecido ósseo e restabelecer o arcabouço gengival. (CHRISTENSEN, 2006; JOHN et al., 2007; AVILA et al., 2009).