Resumo
A Síndrome da Combinação ou Síndrome de Kelly, foi citada primeiramente na literatura em 1972, e é conhecida por um conjunto de características comuns aos pacientes desdentados totais superiores e com dentes remanescentes somente na região anterior mandibular, crescimento das tuberosidades, hiperplasia papilar da mucosa do palato duro, extrusão dos dentes inferiores anteriores e perda óssea na região do rebordo residual abaixo da base da prótese parcial removível.
Esta síndrome é potencialmente iatrogênica ao sistema estomatognático, especialmente às estruturas de suporte dentais e muco-ósseas, bem como a articulação temporomandibular em função do desequilíbrio oclusal e instabilidade da(s) prótese(s). Portanto, diagnosticar a síndrome e estabelecer o tratamento adequado às necessidades do paciente podem interromper o processo destrutivo, criando condições clínicas para o restabelecimento da saúde.
Os pacientes devem ser educados a vir aos retornos mais frequentes, o que é essencial para que o desenvolvimento desta síndrome possa ser evitado. O cirurgião-dentista deve realizar o tratamento de pacientes com a maxila totalmente desdentada e a mandíbula parcialmente edêntula de maneira meticulosa; e instituir um tratamento adequado desde o início é imprescindível. Todo paciente deve ser conscientizado de que uma longa vida útil de suas próteses, com o menor dano possível aos seus tecidos orais, somente pode ser conseguido com retornos frequentes.